Localizada a cerca de 35 quilômetros a sudoeste da cidade de Nova York, fica a cidade de Rahway, Nova Jersey. O Departamento de Fiscalização de Códigos e o Departamento de Engenharia e Uso do Solo são responsáveis pela engenharia, projeto e inspeção de tudo, desde propriedades até direitos de passagem. Dentro do Departamento de Engenharia e Uso do Solo, a Divisão de Engenharia, em particular, responde regularmente a solicitações de informações internas e externas. Recentemente, a cidade criou uma iniciativa que digitalizaria e agilizaria essas solicitações.
Adotando GIS para modernizar a resposta a solicitações de registros
Há décadas, os engenheiros de Rahway capturaram informações de alta qualidade ao mapear os sistemas de esgoto sanitário e águas pluviais da cidade, mas houve desafios porque os engenheiros fizeram isso em mapas de papel. Com o tempo, esses arquivos se tornaram difíceis de atualizar, como por exemplo após a conclusão do trabalho de rotina pelo Departamento de Obras Públicas de Rahway (DPW) ou projetos de melhoria das instalações. Os arquivos em papel também eram difíceis de manter e de compartilhar.
“Os arquivos originais de engenharia continham informações excelentes, mas, com o tempo, eles se tornaram difíceis de interpretar, compartilhar e atualizar. Toda vez que eram escaneados, por exemplo, sua qualidade piorava. Nosso objetivo era fugir disso, e sempre imaginamos ter um GIS empresarial, disse Jacqueline Foushee, ex-engenheira da cidade e atual administradora de negócios da cidade.”
Foushee recebeu aprovação do Presidente da Câmara de Rahway, Raymond Giacobbe, para implementar um GIS empresarial em toda a cidade. Ela identificou as próximas inspeções do sistema municipal de esgoto pluvial (MS4) como o projeto ideal para começar a capturar informações com o novo GIS.
Trocando o papel por mapas digitais
A cidade é obrigada a inspecionar suas saídas de águas pluviais a cada cinco anos como parte da licença MS4 Nível A. O Departamento de Proteção Ambiental de Nova Jersey (NJDEP) exigiu que todos os municípios MS4 Nível A mapeassem e enviassem suas localizações de saídas de águas pluviais em um formato GIS digital até dezembro de 2020. Percebendo a oportunidade de preencher o novo GIS de Rahway, Foushee buscou a ajuda da parceira da Esri, Colliers Engineering & Design (anteriormente Maser Consulting). Com vasta experiência em GIS municipal e de serviços públicos, a Colliers estava preparada não apenas para realizar as inspeções, mas também para mapear todo o sistema de águas pluviais e esgoto sanitário no processo.
“Antes disso, as informações estavam em arquivos de papel ou em um sistema CAD que não estava geoespacialmente vinculado à realidade”, disse o gerente de projetos da Colliers, Michael Kolody.
No passado, a Colliers usou o ArcGIS Collector para mapear sistemas de utility dentro de geodatabases empresariais. Mas para este projeto, a equipe da Colliers viu uma oportunidade de migrar para o novo aplicativo móvel ArcGIS Field Maps.
Além dos recursos de coleta de dados do Collector, o Field Maps oferecia um recurso de rastreamento móvel de trabalhadores. Os funcionários da Colliers ativaram duas licenças de rastreamento suplementares, que permitiram que eles rastreassem as localizações em tempo real de seus técnicos de GIS. Isso adicionou eficiência e segurança ao seu processo.
Ativos de esgoto capturados com o ArcGIS Field Maps e gêmeo digital dos sistemas de esgoto e pluvial da cidade.
“No passado, não era possível saber se tínhamos mapeado os ativos em uma rua ou se simplesmente não havia ativos. Com o Field Maps, agora temos esse registro de rastreamento para dizer que, sim, alguém fez o levantamento daquela rua e não havia nada lá. Também podemos ver onde cada técnico terminou seu dia, o que fornece uma camada extra de segurança e monitoramento”, disse Kolody.
O treinamento dos dois técnicos de GIS, que já tinham usado o Collector, levou apenas alguns minutos. Um terceiro funcionário, novo, foi treinado em menos de uma hora.
A equipe do Colliers GIS instalou o aplicativo Field Maps em iPad®s da Apple. A Colliers escolheu o iPad como seu tablet padrão de coleta de dados por causa de sua interface familiar, bem como sua estabilidade no campo.
Para garantir que os ativos fossem coletados com precisão de até 15 centímetros, os técnicos usaram Bluetooth para parear os receptores Eos Arrow Gold® Global Navigation Satellite System (GNSS) aos iPads que executavam o Field Maps. Como a coleta de dados ocorreu na parte norte de Nova Jersey, eles puderam facilmente fazer login na rede pública cinemática em tempo real (RTK) do Departamento de Transporte de Nova York (NYDOT) para receber as correções de localização baseadas em satélite de nível de pesquisa para os receptores Arrow Gold®. Noventa e cinco por cento dos dados foram capturados com precisão de 15 centímetros, enquanto dois terços das coletas tiveram precisão menor do que 3 centímetros.
“A combinação de precisão do Arrow Gold®, a integração perfeita com o ArcGIS Field Maps e a facilidade de uso do iPad tornaram essa uma solução de mapeamento fácil de adotar. É uma solução que nossas equipes de campo realmente gostam de usar.”, disse Kolody.
Cerca de 130 bueiros localizados na movimentada faixa de domínio de oito faixas da Rota 9 foram coletados usando a solução Eos Laser Mapping™ para ArcGIS. A solução incluiu o aplicativo Field Maps, iPads, o receptor Arrow Gold ® GNSS e um telêmetro a laser TruPulse 200X da Laser Technology, Inc. Isso permitiu que um técnico de GIS capturasse os locais dos bueiros a uma distância segura da rodovia, mantendo a precisão.
Coleta de ativo, localizado em um cruzamento movimentado, à distância usando a solução Eos Laser Mapping™.
Após mapear os locais das saídas de águas pluviais no Field Maps, a equipe de Kolody realizou as inspeções necessárias para a licença MS4 Nível A, usando um formulário que a equipe criou no ArcGIS Survey123.
Fornecendo uma enxurrada de dados de alta qualidade para o GIS da cidade
Em apenas alguns dias, um técnico de GIS conseguiu mapear a maioria dos 4.750 ativos de superfície municipais (2.867 bueiros, 1.718 entradas de bacias de captação de águas pluviais e 160 saídas). Em algumas ocasiões, dois outros técnicos de GIS auxiliaram em meio período.
A Colliers também criou um painel, com o ArcGIS Dashboards. O painel permitiu que a equipe de Foushee visse o progresso da coleta de dados em tempo real.
“O painel foi uma ótima adição. Ele permitiu que Jackie Foushee e sua equipe pudessem revisar e visualizar nosso progresso em tempo real”, disse Kolody.
Após mapear todos os ativos da superfície, a Colliers usou os dados dos levantamentos originais em papel para digitalizar os ativos do subsolo (ex.: redes de gravidade) no GIS.
“As informações eram boas o suficiente para que não precisássemos abrir [os bueiros] para coletar os dados. Essa foi a abordagem mais econômica”, disse Kolody.
Enquanto isso, a equipe de Foushee digitalizou os arquivos de papel e os tornou pesquisáveis por palavra-chave (ex.: nome da rua) para que a equipe pudesse sempre manter uma cópia dos levantamentos no novo GIS.
A próxima fase consiste em criar mapas da web que exponham os dados para uso interno e externo.
Foushee está animada para ver a eficiência obtida com o acesso de outros departamentos às informações por meio de mapas da web, em vez de ter que ligar e solicitar digitalizações de arquivos em papel ou atualizações manuais.
“Isso permitirá que nossa equipe do departamento de obras públicas acesse e atualize os dados, sem precisar ligar para a Engenharia. Podemos fazer toda a troca de informações por meio de mapas da web, o que é um passo a menos em nossas interações manuais. Isso vai acelerar as coisas, o que é ótimo, especialmente quando você está enfrentando um evento urgente de obras públicas, como o reparo de um buraco”, ela disse.
A Foushee espera que o Field Maps substitua todos os fluxos de trabalho baseados em papel. Além disso, a Colliers está explorando como o novo recurso de formulário inteligente no Field Maps pode ser usado para manutenção de rotina do DPW.
Seguindo em frente, Rahway exigirá que todos os planos associados aos contratos concedidos sejam enviados em formato GIS. A visão de longo prazo é conseguir expandir o GIS empresarial além da Divisão de Engenharia e do DPW. Há conversas, por exemplo, sobre informar o público sobre obras rodoviárias programadas e compartilhar dados sobre água com o Departamento de Polícia, Bombeiros e Tribunal Municipal.
