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Caso de Sucesso: Arrow 100 - Monitoramento Ambiental

Clare Barber conta como a conservação das turfeiras da Europa está sendo auxiliada por um conjunto de ferramentas de baixo custo e alta precisão baseado no Collector for ArcGIS.

Irlanda: o nome é sinônimo de áreas úmidas e pântanos também chamado de turfeiras. Mas em um país conhecido por sua vegetação exuberante, apenas 1% da paisagem de pântanos permanece em um estado quase natural.

“99% dessas áreas foram perdidas devido à drenagem associada ao corte ou conversão de turfa em terras agrícolas”, diz o Dr. Patrick Crushell, diretor e consultor sênior da Wetland Surveys Ireland (WSI),uma consultoria ambiental profissional com sede em Kenmare, Condado de Kerry.

“É uma grande batalha para conservar turfeiras na Irlanda, mas a pressão da Europa para fazê-lo é substancial”, acrescenta. A razão é que elas representam as últimas turfeiras da Europa e apresentam algumas das melhores biodiversidades de turfas do mundo. A turfa também é um ecossistema para purificar a água e ajuda a mitigar naturalmente as inundações através da absorção de água.

Sheheree Bog, Condado de Kerry, Irlanda – Este é um dos últimos pântanos erguidos da Irlanda que
é protegido para a conservação da natureza. A ecologia do pântano está sendo monitorada
como parte de um programa nacional de monitoramento do pântano.

Monitorando o 1%

Monitorar a saúde dessas áreas úmidas requer a coleta extremamente precisa de dados da vegetação por um longo período para fins de comparação. Pesquisadores, como os da WSI, monitoram o crescimento ou declínio de certas espécies indicadoras, como os musgos Sphagnum. Crushell explica:

“Uma alta cobertura dessas espécies implica que a área sustentou seu lençol freático – e o manteve ao longo do ano. Ou seja, que está em boas condições ou não está secando.”

 

Vegetação típica do pântano com musgos Sphagnum em abundância,
indicando um lençol freático alto

 

O Serviço Nacional de Parques e Vida Selvagem da Irlanda solicitou à WSI que reunisse e fornecesse dados de precisão submétrica para seu monitoramento da vegetação.

“Ter esse nível extra de precisão suporta a base de evidências que convencerá os formuladores de políticas públicas sobre a necessidade de conservar essas últimas áreas remanescentes”, diz Crushell.

E, embora no passado a WSI tenha usado dispositivos de monitoramento “tudo em um só”, eles se mostravam caros e precisavam ser substituídos em poucos anos.

“Eles não eram à prova do futuro”, observa Crushell.

Diante desse cenário de fundo, a WSI buscou uma solução mais sustentável e à prova do futuro, que permitisse que o pessoal de campo aproveitasse os dispositivos e softwares que já eram utilizados.

Um aplicativo experimentado e testado

Nos últimos cinco anos, a WSI estava usando iPhones e iPads com o Collector for ArcGIS da Esri para registrar dados de campo. Sua equipe já estava familiarizada com a interface do Collector e gostava particularmente da facilidade com que eles podiam inserir grandes quantidades de anotações. Como tal, a WSI tinha uma forte preferência para continuar usando o Collector em seus dispositivos iOS. Havia outras razões também, diz Crushell:

“Você não precisa substituir seu dispositivo em poucos anos, pois o software é continuamente atualizado. Ele funciona em qualquer dispositivo de bolso e a tela sensível ao toque do iPhone é menos trabalhosa do que alguns outros dispositivos.”

Não menos importante, o Collector facilita a criação de formulários em dispositivos iOS. Outra grande vantagem, diz Crushell, é que o Collector permite trabalhar em ambientes offline:

“Em turfeiras, você está no meio do nada a maior parte do tempo, com cobertura limitada de telefone celular. Com o Collector, podemos acessar nossos dados offline, visualizar imagens aéreas, gravar dados e sincronizá-los no final do dia, quando voltar no escritório. É algo que fazemos o tempo todo. ”

A única desvantagem existente era que o chip GPS do iOS fornecia precisão de geolocalização para pouco mais de 5 (cinco) metros. Para satisfazer o novo requisito do Serviço Nacional de Parques e Vida Selvagem para a precisão submétrica, a WSI precisava de uma solução adequada e idealmente capaz de substituir os dados de localização nativa dos dispositivos iOS e se comunicar com o Collector.

Atingindo o alvo

Depois de extensa avaliação no mercado, a WSI testou o receptor GPS Arrow 100 em uma pesquisa experimental de uma semana nos pântanos remotos no oeste da Irlanda. O Arrow 100 é fabricado pela EoS Positioning Systems do Canadá, uma fornecedora de receptores GPS/GNSS com alta acurácia e aplicativos relacionados e também um parceiro Esri Silver.

A WSI trabalhou com o distribuidor da Eos no Reino Unido, a MGISS, para adquirir os pequenos receptores portáteis que operam com o EGNOS (European Geostationary Navigation Overlay Service), um sistema europeu gratuito de correção por satélites. Em operação, o Arrow 100 recebe um sinal de correção diferencial do EGNOS, envia isso para o dispositivo iOS via Bluetooth e automaticamente cancela o GPS nativo do dispositivo com dados de geolocalização muito mais precisos.

De fato, durante a pesquisa experimental, o pessoal de campo relatou, consistentemente, níveis de precisão entre 0,2 e 0,7 metros. Em termos práticos, isso significa que a equipe pode medir a localização do musgo Sphagnum e retornar semanas, meses ou até um ano depois, com a certeza de que eles estão a um metro do local previamente pesquisado.

“Um nível de precisão de cinco metros distorceria nossos resultados com graus de confiança, então essa melhoria de cinco vezes elimina a incerteza em nosso monitoramento e cria um grau mais alto de confiança”, diz Crushell.

Além da precisão, o WSI notou que o Coletor e o Arrow 100 se comunicavam facilmente por meio do Bluetooth e que sua bateria durava o dia todo. “Isso nos economiza uma fortuna”, entusiasma-se Crushell, que está ainda mais contente que a solução seja à prova do futuro e não havendo necessidade de substituição em pouco tempo.

Hoje, a WSI continua monitorando a saúde do ecossistema do pântano com o Collector, iOS e Arrow 100, garantindo progresso na luta pela conservação das últimas áreas úmidas da Irlanda.

“No geral, estamos muito felizes com a operação da solução”, conclui Crushell.

Ele diz que, embora o custo fosse significativo, ainda era mais acessível do que comprar um dispositivo autônomo rodando um sistema operacional e software proprietário e que, como ele observa, não teria gerado um retorno sobre o investimento.

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